quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Nós, os exploradores...

Roubei do blog da Carol:

“Hoje entendo bem meu pai. Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o seu próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver."
Amyr Klink, no seu livro MAR SEM FIM

Acrescento, de minha parte, que também não basta ir ver. Há coisas que são invisíveis. Elas precisam ser descobertas pelo deixar-se levar, pelo mergulho em experiências de destino desconhecido...

domingo, 13 de dezembro de 2009

Feliz Natal!!!!!!

O Natal está chegando. Adoro ver as luzes aparecendo pela cidade. Adoro a expectativa, adoro o clima. Desde pequeno, o Natal sempre foi para nós o momento familiar maior. Era uma das poucas vezes em que ficávamos juntos com a televisão desligada, só para conversar. Meu pai mandava ver nos discos de vinil, tocando MPB, e nós ficávamos inventando o que fazer. Ganhávamos tantos presentes, mas estes quase todos fugiram da lembrança. Um ou outro ainda lembro, mas não sinto falta deles. Sinto falta do cheiro da rabanada sendo feita na manhã do dia 24, as nozes, as passas. Sinto falta de minha avó e minha mãe atarefadas na cozinha, da toalha de mesa especial, a guirlanda, as luzes na árvore do quintal. Sinto falta de buscar a árvore em algum armário e nós, minhas irmãs e eu, junto com minha mãe, a colocar os enfeites, rindo. Cada um deles era como uma foto, um souvenir de Natais passados, que pendurávamos como para trazer para o agora todos as celebrações dos outros anos. Conhecíamos os enfeites: o passarinho, os papais-noéis de cera, as bolinhas de vidro (que foram quebrando-se), as bolas de fio alaranjado (não gostava delas...). Cada um era a novidade de algum Natal que passou.
Alguns dias antes da festa eu pegava bastante gravetos e barbas-de-velho para preparar um presépio grande na lareira. As vezes a Família Sagrada dividia espaços com algum playmobil, ou algum outro brinquedo que eu acreditava combinar com a cena. Me lembro que o "tcham" era que eu botava luz dentro da gruta. Fala sério, hein? Super presépio!!
A ceia era sempre ótima, com bacalhau disputado entre nós, e um presunto com pêssegos, também gostoso. Depois sentávamos ao redor da árvore para dar os presentes, tentando advinhar o que eram, fazendo piadas, meus pais bebendo um licorzinho, meus avós nos dando agrados. Íamos dormir tão felizes, loucos para acordar cedo e ver o que o Papai Noel tinha deixado pra gente. Dia 25 era sempre dia de muita brincadeira com as novas aquisições.
Enfim, o Natal nunca foi sobre ganhar coisas. Aliás, foi, mas não presentes. Foi ganhar carinho, foi ganhar lembranças, foi ganhar amor. E dar aquilo que tínhamos de mais especial para aqueles que amamos. O Natal nos fez mais generosos, mais desapegados. Sempre soubemos que o mais importante não eram e nem são os presentes. O mais importante é que, ao celebrar o nascimento de Jesus disfarçado de tantas coisas, aprendi a amar meus pais, meus avós, minha família e ao resto do mundo que celebra junto. Sem perceber, tornei-me cristão.
E essa é a árvore que montamos hoje, Ila e eu, enquanto nevava lá fora. Ela é de verdade, e é a primeira de nossa família.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Se eu pudesse dar a alguém um único conselho, seria este:


Of course there is no formula for success except perhaps an unconditional acceptance of life and what it brings.
Arthur Rubinstein
US (Polish-born) composer & pianist (1886 - 1982)

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Filósofo de Guaranhuns

“Eu não quero saber se o João Castelo (prefeito de São Luís) é do PSDB; não quero saber se o outro é do PFL; não quero saber se é do PT. Eu quero saber se o povo está na merda, e eu quero tirar o povo da merda em que ele se encontra. Esse é o dado concreto”.
Lula

Esse Lula é mesmo do povo!! Fala até palavrão! Qualquer dia vai dar uma escarrada. Afinal, povo que é povo escarra. O resto é elite.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

País do 171

Quando um brasileiro vem morar no exterior é que ele se defronta com a ausência de consciência coletiva sua e de seus conterrâneos. Enquanto explico para os recém-chegados o que pode e o que não pode na coletividade canadense, o que mais escuto é:
- Não pode? Mas ninguém vai ficar sabendo!
ou ainda:
- Ah, mas não tem como controlar!
ou pior:
- Ah, os outros que se ferrem!

E isso vindo de brasileiros educados, que tiveram muitos anos de estudo e que, se não aprenderam em casa, deviam ter aprendido na escola que o bem coletivo deve ser defendido por todos, sem a necessidade do controle ostensivo do estado. É uma pena. Não jogar neve na rua nem no terreno do vizinho, tirar a neve de TODO o seu carro para não voar neve no carro que vem atrás, pagar os impostos devidos, manter os espaços públicos, não fazer barulho em ambientes religiosos, dar a preferência para os pedestres, etc., o brasileiro em geral obedece estas regras muito a contragosto.

É por isso que estaremos sempre "em desenvolvimento"...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Sou fã da Arendt!

"As ideologias pressupõem sempre que uma idéia é suficiente para explicar tudo no desenvolvimento da premissa, e que nenhuma experiência ensina coisa alguma porque tudo está compreendido nesse coerente processo de dedução lógica. O perigo de trocar a necessária insegurança do pensamento filosófico pela explicação total da ideologia e por sua Weltanschauung* não é tanto o risco de ser iludido por alguma suposição geralmente vulgar e sempre destituída de crítica quanto o de trocar a liberdade inerente da capacidade humana de pensar pela camisa-de-força da lógica, que pode subjugar o homem quase tão violentamente quanto uma força externa.
(...)
Assim, o pensamento ideológico emancipa-se da realidade que percebemos com os nossos cinco sentidos_e_ insiste numa realidade "mais verdadeira" que se esconde por trás de todas as coisas perceptíveis, que as domina a partir desse esconderijo e exige um sexto sentido para que possamos percebê-la. O sexto sentido é fornecido exatamente pela ideologia, por aquela doutrinação ideológica particular que é ensinada nas instituições educacionais, estabelecidas exclusivamente para esse fim, para treinar os "soldados políticos" nas Ordensburgen do nazismo ou nas escolas do Comintern e do Cominform. A propaganda do movimentototalitário serve também para libertar o pensamento da experiência e da realidade; procura sempre injetar um significado secreto em cada evento público tangível e farejar intenções secretas atrás de cada ato político público. Quando chegam ao poder, os movimentos passam a alterar a realidade segundo as suas afirmações ideológicas. O conceito de inimizade é substituído pelo conceito de conspiração, e isso produz uma mentalidade na qual já não se experimenta e se compreende a realidade em seus próprios termos — a verdadeira inimizade ou a verdadeira amizade — mas automaticamente se presume que ela significa outra coisa."
Hannah Arendt, em "Origens do Totalitarismo"

*(visão de mundo)

Contundente

Texto de César Benjamin, sobre seu artigo anterior, ao qual me referi no post abaixo:


DEIXO de lado os insultos e as versões fantasiosas sobre os “verdadeiros motivos” do meu artigo “Os Filhos do Brasil”. Creio, porém, que devo esclarecer uma indagação legítima: “por quê?”, ou, em forma um pouco expandida, “por que agora?”. A rigor, a resposta já está no artigo, mas de forma concisa. Eu a reitero: o motivo é o filme, o contexto que o cerca e o que ele sinaliza.

Há meses a Presidência da República acompanha e participa da produção desse filme, financiado por grandes empresas que mantêm contratos com o governo federal.
Antes de finalizado, ele foi analisado por especialistas em marketing, que propuseram ajustes para torná-lo mais emotivo.

O timing do lançamento foi calculado para que ele gire pelo Brasil durante o ano eleitoral. Recursos oriundos do imposto sindical -ou seja, recolhidos por imposição do Estado- estão sendo mobilizados para comprar e distribuir gratuitamente milhares de ingressos. Reativam-se salas pelo interior do país e fala-se na montagem de cines volantes para percorrerem localidades que não têm esses espaços. O objetivo é que o filme seja visto por cerca de 5 milhões de pessoas, principalmente pobres.

Como se fosse pouco, prepara-se uma minissérie com o mesmo título para ser exibida em 2010 pela nossa maior rede de televisão que, como as demais, também recebe publicidade oficial. Desconheço que uma operação desse tipo e dessa abrangência tenha sido feita em qualquer época, em qualquer país, por qualquer governante. Ela sinaliza um salto de qualidade em um perigoso processo em curso: a concentração pessoal do poder, a calculada construção do culto à personalidade e a degradação da política em mitologia e espetáculo. Em outros contextos históricos isso deu em fascismo.

O presidente Lula sabe o que faz. Mais de uma vez declarou como ficou impressionado com o belo “Cinema Paradiso”, de Giuseppe Tornatore, que narra o impacto dos primeiros filmes na mente de uma criança. “O Filho do Brasil” será a primeira -e talvez a única- oportunidade de milhões de pessoas irem a um cinema. Elas não esquecerão.

Em quase oito anos de governo, o loteamento de cargos enfraqueceu o Estado. A generalização do fisiologismo demoliu o Congresso Nacional. Não existem mais partidos. A política ficou diminuída, alienada dos grandes temas nacionais. Nesse ambiente, o presidente determinou sozinho a candidata que deverá sucedê-lo, escolhendo uma pessoa que, se eleita, será porque ele quis. Intervém na sucessão em cada Estado, indicando, abençoando e vetando. Tudo isso porque é popular. Precisa, agora, do filme.

Embalado pelas pré-estreias, anunciou que “não há mais formadores de opinião no Brasil”. Compreendi que, doravante, ele reserva para si, com exclusividade, esse papel. Os generais não ambicionaram tanto poder. A acusação mais branda que tenho recebido é a de que mudei de lado. Porém os que me acusam estão preparando uma campanha milionária para o ano que vem, baseada em cabos eleitorais remunerados e financiada por grandes grupos econômicos. Em quase todos os Estados, estarão juntos com os esquemas mais retrógrados da política brasileira. E o conteúdo de sua pregação, como o filme mostra, estará centrado no endeusamento de um líder.

Não há nada de emancipatório nisso. Perpetuar-se no poder tornou-se mais importante do que construir uma nação. Quem, afinal, mudou de lado? Aos que viram no texto uma agressão, peço desculpas. Nunca tive essa intenção. Meu artigo trata, antes de tudo, de relações humanas e é, antes de tudo, uma denúncia do círculo vicioso da extrema pobreza e da violência que oprime um sem-número de filhos do Brasil. Pois o Brasil não tem só um filho.

Reitero: o que escrevi está além da política. Recuso-me a pensar o nosso país enquadrado pela lógica da disputa eleitoral entre PT e PSDB. Mas, se quiserem privilegiar uma leitura política, que também é legítima, vejam o texto como um alerta contra a banalização do culto à personalidade com os instrumentos de poder da República. O imaginário nacional não pode ser sequestrado por ninguém, muito menos por um governante.

Alguns amigos disseram-me que, com o artigo, cometi um ato de imolação. Se isso for verdadeiro, terá sido por uma boa causa.

domingo, 29 de novembro de 2009

Deplorável

Vou escrever o que vai abaixo pois sei que muitos de vocês não iriam nem ficar sabendo...

Começo apresentando a primeira personagem:

CÉSAR BENJAMIN, 55, militou no movimento estudantil secundarista em 1968 e passou para a clandestinidade depois da decretação do Ato Institucional nº 5, em 13 de dezembro desse ano, juntando-se à resistência armada ao regime militar. Foi preso em meados de 1971, com 17 anos, e expulso do país no final de 1976. Retornou em 1978. Ajudou a fundar o PT, do qual se desfiliou em 1995. Em 2006 foi candidato a vice-presidente na chapa liderada pela senadora Heloísa Helena, do PSOL, do qual também se desfiliou. Trabalhou na Fundação Getulio Vargas, na Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, na Prefeitura do Rio de Janeiro e na Editora Nova Fronteira. É editor da Editora Contraponto e colunista da Folha.

Pois bem, César Benjamin relatou que, em 1994, ao participar do grupo que comandava a campanha de Lula, presenciou o seguinte:

"Na mesa, estávamos eu, o americano ao meu lado, Lula e o publicitário Paulo de Tarso em frente e, nas cabeceiras, Espinoza (segurança de Lula) e outro publicitário brasileiro que trabalhava conosco, cujo nome também esqueci. Lula puxou conversa: “Você esteve preso, não é Cesinha?” “Estive.” “Quanto tempo?” “Alguns anos…”, desconversei (raramente falo nesse assunto). Lula continuou: “Eu não aguentaria. Não vivo sem boceta”.

Para comprovar essa afirmação, passou a narrar com fluência como havia tentado subjugar outro preso nos 30 dias em que ficara detido. Chamava-o de “menino do MEP”, em referência a uma organização de esquerda que já deixou de existir. Ficara surpreso com a resistência do “menino”, que frustrara a investida com cotoveladas e socos."

Outras pessoas, atacando César Benjamim pelo relato, confirmam a conversa e o comentário, mas afirmam que era só uma piada. O tal "menino do MEP" já apareceu, mas disse que não vai dizer uma palavra sobre o assunto.

Agora meu comentário:

Peões de fábrica não são diferentes de presidentes de empresas. Uns são íntegros, honestos e agradáveis. Outros são baixos, inescrupulosos e truculentos. Os presidentes tem a vantagem de ter os limites que as aparências exigem, um certo refino e verniz. Os peões do pior tipo já não precisam fingir e portanto uma conversa com eles é um show de horror (não estou teorizando, já convivi com peões nas muitas empresas que trabalhei). Se o que Lula disse realmente aconteceu ou não, eu não sei. Mas tenho certeza que muita gente no sindicalismo acharia a coisa normal. Até faria piada sobre o assunto, como se vê.

Dizem que quem não gosta de Lula é porque não aceita um operário na presidência. Que balela. Ser operário é o escudo que Lula usa para justificar todos os seus erros. Não tenho nada contra operários na presidência. Nem contra presidentes de empresas no comando da República. Desde que eles sejam do tipo íntegro e honesto. E de preferência, não tenham aversão aos estudos. Sem estudo, lamento, não dá pra fazer milagre...


domingo, 22 de novembro de 2009

Isn't it?


Ser um casal é complexo. Mas vale muito a pena!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A gente chega lá!

“Então, essa questão do clima é delicada por quê? Porque o mundo é redondo. Se o mundo fosse quadrado ou retangular, e a gente soubesse que o nosso território está a 14 mil quilômetros de distância dos centros mais poluidores, ótimo, vai ficar só lá. Mas, como o mundo gira, e a gente também passa lá embaixo onde está mais poluído, a responsabilidade é de todos”.
Lula

Longe de mim, hoje, dizer que um ignorante não pode ser Presidente. Já seria um avanço incrível...

sábado, 7 de novembro de 2009

Pra bom entendedor...


Um dia vieram e levaram minha colega que usava mini-saia. Como eu sou homem, não me incomodei...

É bom ter um blog, mas não em Cuba...

De O Globo:

Yoani Sánchez, de 34 anos, a conhecida blogueira e crítica do governo cubano, foi detida rapidamente anteontem com amigos por agentes de segurança, que os chamaram de contrarrevolucionários. Ela estava acompanhada de outros blogueiros e o grupo pretendia participar de uma manifestação contra a violência.

Os agentes a obrigaram e ao blogueiro Orlando Luis Pardo a entrarem num automóvel quando eles se aproximavam da manifestação na área do Vedado de Havana. Yoani disse ter sido puxada pelos cabelos e chutada ao se recusar a entrar no veículo.

Os agentes lhe teriam dito que ela fora longe demais em suas críticas ao governo. Ela e Pardo foram levados a um lugar próximo de sua casa, onde foram deixados. Segundo a blogueira, os agentes jogaram fora seus documentos e partiram.

- Foi muito violento - disse Yoani, conhecida internacionalmente por seu blog "Generación Y", que frequentemente critica o governo comunista de Cuba. - Não tivemos chances de reagir; eles eram fortes.(...)

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Como diria Dylan...


Com a partida do Lucas, muitos de nós ficamos perguntando se a distância realmente vale a pena. A falta de abraços tão necessários piora o amargo na alma. Sentimos falta do ninho.
Sem pretensão de dar resposta para esta pergunta tão pessoal, trago comigo que o próprio Lucas tinha conseguido encontrar a dele. Acho que para ele, como para mim, os amigos existem aqui dentro, pra sempre. A certeza de encontrá-los "um dia" é suficiente para seguir em frente. Afinal estamos aqui para escrever nossa história. Nessa empreitada, os amigos nos levam pra frente, nunca nos prendem, nunca nos puxam pra baixo. O Lucas fez sucesso e fizemos junto com ele. Ele no palco era um pouco de nós mesmos no palco. Eu, fazendo aviões, sou um pouco de todos voces. E é esta vontade de ir junto com vocês cada vez mais alto, criando coisas sempre mais extraordinárias, que me leva sempre em frente.


E - eis a beleza do mundo - não nascemos com cotas de amigos: podemos cultivá-los sempre mais, em sotaques diferentes, tamanhos sortidos, por onde quer que nossa missão nos leve.


terça-feira, 20 de outubro de 2009

Luks

Oi Luks!

To escrevendo aqui no blog pois ainda não sei teu email novo aí no céu. Imagino que aí deva ter banda larga liberado pois paraíso que é paraíso deve ter banda larga liberada, sem limite de downloads. Não deu pra ir no velório, óbvio, mas nem adianta chingar que não ia nem dar tempo. Tu vais assim, sem avisar...

Mas o que eu queria mesmo, já que decidiste partir e eu não consegui te dar aquele abraço de boa viagem, é dizer algumas coisas que eu sei, se estivesses aqui, ias me dar aquele tradicional abraço e no final, com um sorriso, me dirias: Ai Lãlas, que viadinho... rs Aliás já imagino tu encontrando o “Cara”. Ele lá, naquelas nuvens todas e tu chega e grita: JEEEEESUS (em ingles, óbvio). Vcs vão ter muito o que conversar. Darão muitas gargalhadas quando Ele lembrar de algumas “atuações” nossas na PJP, hein? Se lembra quando a gente voltou com a cruz lá do cemitério? Tu era o próprio Jesus!!

Aliás, tomara que ele te puxe a orelha por ter ajudado a mudar uma música feita pra Ele, só pra sacanear com teus assessores (eu e o Débil, lembra?). Aliás, diz pra Ele aí que eu fiz o que pude, e se tu era “muitosafado”, a culpa não é minha.. hehehe

Acho que fosse um sucesso amigo. Da garagem do Dadá para uma carreira incrível. Lembro de ti, cheio de dúvidas e medos antes do vestibular. Visse o que conseguisse? E vou te dizer uma coisa: esse nem foi teu maior feito. Teu maior feito foi ter sempre conseguido despertar em nós o que tínhamos de melhor. A menção do teu nome sempre despertava sorrisos de amizade, de felicidade. Sou bem menos rabugento do que eu seria se não tivesse te conhecido. Fostes amado, muito amado por todos nós.

Ah, pode deixar que continuarei fazendo as FAMOSAS pizzas “Lãluks”. Se mal me lembro, estávamos eu, vc, o Daniels e o Telli lá na casa do Daniels. E ainda demos conselhos amorosos pro Daniels. Me admira que ele tenha conseguido casar...rs.

Enfim, és um grande amigo. Um dos melhores que tenho. Muito já conversamos, com a viola, com um chima, com uma cervejinha (prósotrons!!!). Sei que o próximo papo vai demorar um pouco. Mas me deixaste com bastante coisa pra lembrar até lá. Vê se vai organizando uma rodinha de choro, afinal, tem um porrada de músico bom aí por cima. Manda um abraço pro Tião por mim. Ele deve estar muito orgulhoso de ti. Eu vou continuar arranhando meu violão e sei que tu vai continuar me xingando...rs Mas Zé Geraldo é comigo mesmo!!!! Putz! Lembrei das nossas serenatas! E as serenatas-relampago, nas festinhas? rsrsrsrsrs

Claro que a Ila, o Boeing, a Fefe e minha mãe (que está aqui nos visitando no Canadá) também te mandam um abraço apertado. A Cintia foi no velório e deve ter falado contigo por lá (se é que deu né, pois aquilo tava lotado pelo que soube – tás se achando, né?!!!).

Luks, vai em paz. Vivesse intensamente. Agora tens outras missões. Nos deixasse bem, felizes pelas lembranças maravilhosas. Te amo, meu amigo. Até breve.

Lãlas.


segunda-feira, 19 de outubro de 2009

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Impressionante e assustador...

Vejam este documentário! É uma amostra da revolução que está acontecendo no mundo, agora, enquanto você lê este post.

Enquanto isso, o Brasil investe em termoelétricas e em uma nova usina nuclear. Acreditamos que o petróleo significa um futuro maravilhoso e pensamos apenas em biodiesel. Parece que nos esquecemos que somos um país tropical, cheio de luz solar...

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Eu consigo concordar com ex-petistas...

"- Não posso ficar no partido para convencer essas pessoas de que o meio ambiente tem que ser prioridade. Este é um governo insensível às causas sociais"
Marina Silva, Ex-Petista

"- Este governo tem façanhas sociais, mas se transformou numa regressão política. Está trazendo de volta um patrimonialismo que já tinha sido superado."
Francisco de Oliveira, Ex-Petista

"Me envergonha estar no PT"
Flávio Arns, Ex-Petista

Quem sabe com esses aí falando eu consigo convencer...

Cara de paisagem

Acho tocante a tolerância das nossas feministas com as "diferenças culturais". Hoje Einstein estaria mais certo do que nunca: tudo é relativo...



Modelo muçulmana é condenada por beber cerveja na Malásia


Uma modelo muçulmana foi condenada por um tribunal islâmico da Malásia por beber cerveja. Kartika Sari Dewi Shukarno, 32, nascida em Cingapura, assumiu ter consumido álcool, o que é proibido pela lei islâmica (sharia), durante uma festa no ano passado em uma discoteca malaia.

A Justiça do país asiático determinou que ela deve levar seis pancadas com um bastão feito de ratã, planta comum no Sudeste Asiático.

"Achamos que a sentença é justa. Espero que faça a acusada se arrepender e sirva de exemplo a todos os muçulmanos", afirmou o juiz Abdul Rahman Yunus, que também impôs à modelo uma multa de cinco mil ringgit, a moeda malaia (pouco mais de US$ 1.400).

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

jantarzinho

Fim de tarde agradável com a Lu e o Rodrigo, semana passada.


Aqui, pra quem conhece, dá pra ver que a Ila tava brava comigo...rs


Esse restaurante é quase do lado do ape deles, na Ilha das Freiras (tradução livre do nome da ilha...)

terça-feira, 11 de agosto de 2009

O PT vai destruir a democracia do Brasil.

Tá na hora de cair a ficha, gente! Escrevo pela vontade de ver o país retomar o caminho para o desenvolvimento, para tirar este povo da miséria. Escrevo porque tá na hora de muita gente admitir que errou e começar a tirar o país da lama onde está.

Nos anos 70 e 80 o pessoal dos sindicatos teve contato com um Marxismo de boteco, que caiu como uma luva como embalagem palatável na visão do esquerdismo universitário carente de alternativas. Enfeitaram a luta pelo poder com penduricalhos de luta de classes. Esses sindicatos encontraram no Marxismo a justificativa ideal para sua natureza autoritária. O sindicalismo do ABC paulista era e é fora da lei, trava desde sempre uma disputa interna de poder recheada de falcatruas, intimidações e até mesmo assassinatos. Esse pessoal lutou contra a Ditadura não para reestabelecer a democracia, mas para tomar o poder. É, assim mesmo, tomar o poder e se beneficiar dele, assim como já tinham feito nos sindicatos. No processo de transição para a Democracia, houve anistia, todo mundo celebrou, mas esse detalhe sumiu e todo mundo posou de defensor do povo. A UNE, naquela época ingênua (hoje comprada), acreditou na mistificação dos defensores da democracia e uniu fileiras ao PT, levando toda uma geração ao engodo. Foi por isso que eu usava brochinho do PT e fazia passeata de “Fora Collor”. Estávamos do lado dos homens bons, contra os maus.

Mas o PT continuou “borderline” e foi sabotando o Brasil pouco a pouco. Destruiu reputações, mistificou seus líderes, e incutiu na cabeça do brasileiro que qualquer idéia dissonante estava a serviço do Capitalismo, da corrupção, da “perpetuação das estruturas de poder”. Aqueles crápulas sindicalistas vestiram suas capinhas de anjo e convenceram a (quase) todos que mudar o Brasil era fácil, o que faltava era “vontade política” e que todos os que ali estavam eram comprometidos com a esbórnia. Assim jogou-se no lixo a reputação de muita gente as quais o Brasil deve muito. O Governo FHC, por exemplo, com sua incrível estabilização da Economia, sem a qual nada neste país seria possível, foi satanizado. Um governo que teve muitas vitórias foi destruído por suas virtudes e seus defeitos. O PT não cede, ele destrói seus inimigos por seus defeitos e por suas qualidades. O debate nacional, em vez de ser racional, virou uma mistificação vagabunda entre o passado de “500 anos” e o sucesso lulista.

Tomando o poder, o PT seguiu sua natureza sindical. Ocupou a máquina pública, pouco importando os critérios técnicos de desempenho das funções. Como se sindicalistas fossem seres iluminados para governar, ocuparam todos os espaços. No que era vital para a permanencia no poder, não se mecheu: chamaram Henrique Meirelles, ex-Banco Mundial, para o Banco Central. No resto, o pavor da incompetência.

Lula quer permanecer no poder. Não para mudar o país ou coisa parecida. Esqueçam. No passado, o Brasil viveu durante muito tempo o choque de projetos de governo, de visões de país, ligados à partidos e ambições pessoais. Lula não tem projeto de governo. Não há no país uma mísera reforma, uma mudança sequer. O PT tem é projeto de poder. Lula deixou Lacerda, Vargas, Geisel, todos no chinelo. Poucos imaginaram poder manipular a população, inaugurando a categoria dos “nossos corruptos são melhores que os deles”, mantendo-os no cargo e ainda atacar adversários. O filho de Lula enriqueceu usando a influência do pai e Lula faz piada, com orgulho do filho. Lula inaugurou o “fiz, mas quem não faz?”. E assim desmoralizou a indignação. Ficar indignado com o que? Com Sarney? Com Collor? Pra que? Ora Lula está com eles e é popular! Talvez seja melhor ir pro Canadá! Lula sabe que o Congresso prostrado não lhe opõe. Sabe que ninguém irá dizer que o PAC é uma farsa ridícula, que o Governo está paralisado, que a Política Externa é uma piadinha bocó de mau gosto. O PAC? Em tres anos, tem 26% das obras concluídas, e obras que seriam executadas de qualquer jeito. É pra acelerar? Não, é pra chorar. A política ambiental é peça de propaganda, tanto que Marina da Silva foi expulsa do governo por se colocar no caminho dos interesses petistas.

O PT móe quem estiver no caminho. Foi assim com Celso Daniel, Toninho, Francenildo, Eduardo Jorge e muitos outros que já foram destruídos. É um partido pior do que todos os outros pois, além de corrupto, é autoritário.

A prática política no Brasil ia mal antes de Lula. Com Lula, acabou-se a prática política. Não existe política no sindicato. Existe máfia e guerrilha. Não sejamos mais inocentes úteis, como fui um dia. Não vai ser Lula que vai me dizer que Sarney é um cara especial. Não vai ser Lula que vai me fazer refazer a pesseata de “Fora Collor”, só que desta vez de volta. Tá na hora do povo decepcionado, dos famosos petistas éticos, encerrarem a fase de surpresa e trabalhar pra salvar o que resta de democracia no Brasil. Ou continuar pensando que tudo é culpa da mídia e da oposição, como Lula fica feliz em propagar. Mídia e oposição são parte fundamental da democracia. Conviver com elas é atestado democrático. Lula não consegue pois é o Stalin de Guaranhuns.

Abaixo um artigo que ilustra o que nós, que nos preocupamos com o país, precisamos dizer.

A Receita desandou
Autor(es): MELCHIADES FILHO
Folha de S. Paulo - 10/08/2009

São gravíssimas, mas não surpreendentes, a acusação da ex-secretária da Receita de que o Planalto lhe pediu que acelerasse a conclusão de auditoria determinada pela Justiça nos negócios da família Sarney e a apuração, feita pela Folha, de que a recusa dela em se curvar à pressão política acabou contribuindo para sua demissão.
Não surpreendem porque as coisas estavam mesmo mal contadas. O governo não havia produzido explicação plausível para a dispensa de Lina Vieira. Em 11 meses, ela não teve senão uma atuação discreta e corajosa, rebatendo tentativas de anistiar maus contribuintes e ordenando aperto inédito a grandes empresas e sonegadores, aquilo para o que havia sido nomeada.
Não surpreendem, também, porque o governo Lula coleciona episódios em que as fronteiras das instituições e os limites republicanos foram desconsiderados em razão de interesses mais imediatos.
Parte disso se deve ao entendimento de que o Estado precisa ser protagonista, não se omitir nas grandes questões, se defender e se impor, tanto no campo político como no gerencial. Nada é trivial na administração pública, gosta de dizer, com razão, Dilma Rousseff.
Parte disso, porém, se deve à aplicação distorcida dessa ideia.
A tratorada na Anac, o arranjo dos arquivos da Casa Civil, a normatização da Polícia Federal, tudo seria justificável não fossem os bastidores mais tarde desvendados: o favorecimento ao compadre de Lula em negócios do setor aéreo, o bombardeio de rivais com dossiês, o engavetamento de investigações que se aproximavam do Planalto.
Lula deixará legados positivos, mas não no campo institucional, no aperfeiçoamento de um Estado transparente e eficiente. Há o belo cadastro do Ministério de Desenvolvimento Social. Mais o quê?
Segundo a moral do lulismo, o Estado só é protagonista se Lula ou seu grupo estiverem no poder.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Montreal + Festival de Jazz + Bia = Felicidade.

Cheguei em casa depois do trabalho, peguei a mochila e encarei o metro até o Festival de Jazz.

Estar no Festival, para mim, é estar na essência da civilização. Arte, respeito, democracia, tolerância. As pessoas estão alegres. Bebem, mas não ficam bêbadas, não arrumam confusão. Ficam soltas, dançam, se abraçam. Diferentes línguas são ouvidas, rostos de todos os tipos, roupas lindas, feias, chiques, bregas, relax, gravatas. Já cheguei de cara ouvindo o grupo brasileiro "Academia Estadual de Jazz", na qual o contrabaixista é um cara do Casseta e Planeta. Sonzera! Fora o calor, o sol na pele, pessoas dançando sozinhas ou em grupo. Um crepe delicioso completa minha alegria (e um DVD da Diana Krall também) e vou para o show da Bia.

A Bia era até hoje a irmã da Olga para mim. Por mais que eu tivesse os CDs, e já tenha tido a oportunidade de jogar conversa fora com ela e o Eric, sempre foi a "irmã da Olga e do Antônio". Estava curioso para ver a apresentação pois nas oportunidades anteriores tudo foi meio prejudicado: uma vez um show na rua, e outra um show em Floripa, super intimista e no qual Bia confessou ficar um pouco nervosa na frente de tantos amigos e familiares. Agora era minha chance de ver qual era...rs

O teatro, pequeno, é novo e aconchegante. Com mesas e garçonetes. Pedi um vinho e sentei numa mesa com um casal de franceses (com cara de aposentados) e puxei papo. O cara tinha um CD mas a esposa, ou namorada, sei lá, não conhecia. Aí a noite já tava pintando que ia ser muito agradável.

"Com voces: BIA!!!!" - muitos aplausos, mas tudo meio burocrático. Tava na cara que a platéia não era feita de fãs habituais, ou de brasileiros, ávidos por qualquer chucalho verde amarelo. Fiquei com medo. Quando eu conheço o artista, fico meio solidário. Quero que tudo dê certo, quero que as pessoas gostem. E logo de cara o baixo do Eric tem um mau contato e a Bia sai falando, fazendo piada sobre o fato para contornar a situação. Eu já tava suando.

Mas o que aconteceu depois me deixou meio bobo. Entendi porque a Bia existe para os franceses. Ela não tem medo. Se atira na platéia (literalmente rs) e mostra que tem valor. Mostra uma personalidade que eu não conhecia ainda. Não parecia o Festival de Jazz. Parecia uma tarde na sala da casa dela, onde ela conduz os convidados por suas viagens musicais. Nitidamente ela se diverte, e com isso nos divertimos todos. Os arranjos estavam impecáveis e os músicos, o que achei muito gostoso, não só tocam, mas interagem. Estamos numa Jam Session aberta.
Agora entendo porque os CDs da Bia são um pouco estranhos pra mim: ela não cabe neles. Ela é uma show-girl, conquistadora, sedutora, e ficamos ali meio com cara de bobo, querendo pegar um caixa de fósforo pra batucar também. Isso sem dizer que quando tocou Olga Maria meus olhos se encheram d'água. Nem sei porque, mas é como estar repentinamente em casa. Afinal, eu CONHEÇO Olga Maria...rs. No final, aplausos muito entusiasmados, de quem parece que vai sair correndo pra comprar o disco. O público amou.

O vinho estava ótimo, os quebecois estavam muito felizes, e quase me pediram pra chamar a Bia pra uma foto. Mas, sei como são essas coisas, o após show é qualquer coisa menos calmo. Então ficou pra outra hora. Mas agora não mais como "irmã da Olga e do Antonio". Não. Agora Bia é velha conhecida minha, e de todos os outros que partilharam a maravilhosa noite de hoje no Festival de Jazz.

Bia, avise dos próximos que vou arrastar todo mundo do trabalho!


(P.S.: brasileiro é bicho meio chato né? Tem sempre um brasileiro na platéia que grita algo em portugues antes da música acabar só pra mostrar que está ali. UIA!!)

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Próximo bichinho...

Xu, já escolhi o gato que a gente vai criar!

sábado, 23 de maio de 2009

Zé Rodrix


Como dizia Rodrix, que faleceu ontem, dentro da baleia a vida é tão mais fácil....

Vai com Deus Zé!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Alô Montreal! Tá na hoooooora!!!

A Primavera chega em Montreal já meio atrasada. Ela vem num esforço descomunal das árvores em lançar seus pequenos brotos, no gramado que esverdeia a paisagem e no termômetro que sobe um pouco. Mas a Primavera chega, digo assim, chega pra valer mesmo, quando surgem as tulipas!
Vindas de todos os lados, de todas as cores, elas sim fazem soar as trombetas e gritam aos ventos: A Primavera chegou! 
É hora de encher as retinas com o colorido que invade. É hora de esquecer a neve e receber o sol, os passeios, os parques, o jazz....

Viva Montreal e suas tulipas!!!!


quarta-feira, 29 de abril de 2009

Je marche mieux quand ma main serre la tienne...

Tres anos...

Quanta coisa! Quanta mudança, quanta vitória. Quantas batalhas, quantas tréguas, muitas comemorações. Quem escolhe arriscar, escolhe viver. E a cada passo dado, algo fica guardado no castelo que vamos construindo. 
Amar é serenar, é estar em paz. É soltar o barco e se deixar levar.
 
É a leveza da pluma, que leve, muito leve, pousa. Simples e suave coisa...

sábado, 25 de abril de 2009

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Magog

Sábado fomos em uma cidade que fica a uma hora de carro daqui de Montreal. Chama-se Magog. Bem bonita a região, que circunda um lago muito bacana. No final do passeio fomos a um monsteiro onde se fabricam queijos e cidra. 
O Maurício e a Lana foram com a gente. 






terça-feira, 7 de abril de 2009

link

Tá, isso aqui tá meio parado...

Mas pra não ficar assim tão jogado às traças, mando um link para um texto que escrevi. Deve ser meio polêmico mas aí é que é bom... rs

quinta-feira, 26 de março de 2009

A paz é 10!

Montreal is a paradise of virtue compared to Rio and Mexico 
    
By JOSH FREED, The Gazette, March 21, 2009 
  
I was walking down St. Urbain St. late Wednesday night - on a lonely, deserted stretch of pavement. Yet it felt as safe as my living room. 

That's because I've recently spent time in two world crime capitals - Rio de Janeiro and Mexico City - that reminded me just how innocent Montreal is. 

Last week I was in Rio, a staggeringly beautiful Brazilian city with endless beaches and miles of string bikinis. 

During the day, Rio feels like any first-world city, with sleek high-rises, fashionable shops and streets bustling with shoppers. 

But once the sun sets, you fear for your safety, because everyone tells you to - from your hotel clerk and other locals to the Lonely Planet Guide that warns: "Tourists seen downtown at night are considered fair game for muggers." Every second Rio resident seems to have been mugged. Many advised us to not to wear jewellery or carry much money, apart from 50 Brazilian reals (about $25) - the minimum mugger's fee you should hand any robber if you don't want him to get annoyed. 

Robberies are rarely violent, however, and sound more like business transactions. They say, "Hi! My name is Jorge and I'll be your mugger tonight." Then you hand over 50 reals and they disappear. 

As instructed, we took taxis everywhere at night or stuck to crowded streets filled with Rio residents who were also seeking safety in numbers. During my week there, nothing happened - but I paid the price in paranoia, studying every passerby with suspicion. 

Are those two young guys following me? What about those two old men with canes? Or that nun - could it be a disguise? Even schoolchildren seemed scary, and they should - because 13-year-olds with guns are the most lethal force in town. 

Most of the crime stems from the huge gap between rich and poor in this city of about eight million. Rio has an enormous middle class, but it also has huge shantytowns, called favelas, where millions live in slums. 

These are grim twilight zones where even police rarely tread. Many favelas have their own informal justice system where tough law and order is dispensed by teenage "drug lords" who are often dead by 17, in a Brazilian version of West Side Story. 

This violence leaks out of the favelas and into the street, causing much of the crime. 

After a week in Rio, you somehow get used to it and learn where to walk at night, like all the other law-abiding Rio residents. 

But things can go wrong. Gregory, a schoolteacher we got to know, walked out of his ATM booth and was followed onto the bus, where he was robbed and shot through the middle of his chest. 

Like most Brazilians, he takes it philosophically, with the optimism that marks this ever-cheerful carnival of a country. 

It's summed up perfectly by an old Brazilian saying: "If you have a problem and you worry about it, then you have two problems." Yet even Rio's problems are outdone by Mexico City, where I visited earlier this year. It's another sprawling city with vast slums, and Mexico is plagued by an organized crime war that caused 5,000 murders last year alone. 

But Mexico has an added danger - kidnappings. Last year, there were more than 1,000 kidnappings reported, though many unofficial estimates put it as high as 4,000. 

A Mexico City filmmaker friend of mine knows six people who were kidnapped in recent years - like her friend's father, who was seized in his own home and held for $100,000 in ransom. 

Another friend was grabbed off the street in a so-called "express kidnapping" and forced to withdraw money from her ATM. 

But my friend says: "You never call the police - they're often part of the extortion and will just charge you more." As in Rio, I learned to adapt - but I eyed everyone carefully, partly for my own good and partly to spare my friends back home from having to raise money for my ransom. 

Both Rio and Mexico City are colourful, exciting cities, and I loved visiting them. But it's a pleasure to be back in peaceful Montreal, where we had 29 murders all last year, the lowest homicide rate of any big Canadian or U.S. city. 

In many parts of the world, murder and kidnappings are just daily life, but here they're as rare as being struck by lightning. Stephen Harper keeps talking about tough new laws to fight Canada's crime wave, though crime has fallen steadily since the mid-1970s. 

Perhaps Harper should take a visit to Rio and Mexico - and see what crime is like. 

segunda-feira, 9 de março de 2009

Wine Experts

Sexta feira passada rolou o:

1o Montreal "Degustation" Festival!!

Eu e a Ila preparamos com carinho a casa para receber nossos amigos. Escolhemos os vinhos e eu preparei uma breve apresentação sobre cada um, e sobre vitivinicultura em geral. Foi muito agradável e ainda rolou um risoto de gorgonzola. Isso sem contar as sobremesas e o café do nosso barista Fernando. 

No final da degustação rolou um vinho surpresa e como o Adilson e a Bia, e o Fernando e a Ju adivinharam de quais uvas ele era feito, ganharam um livrinho de lembrança da noite. 

A casa foi pequena, como dá pra perceber pelas fotos, mas acho que todos adoraram o evento!



quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Bem vinda ao nosso mundo.


Amar é escolher percorrer um caminho arriscado. É aceitar ser menos você. É desaprender e aprender, e tudo ao contrário de novo. É diminuir e, em diminuindo ser maior. É refazer viagens, é experimentar novos sabores. É calar quando se quer falar, e renunciar ao silêncio quando necessário. É apreciar o caminho mais do que a chegada. É tomar partido do seu partido. É ter refúgio e não ter. É se sentir menos só, na soma das solidões. É saber que toda estrada tem seus perigos, e que eles vem e vão como as curvas que nos mostram novas paisagens. E tudo isso e nada ao mesmo tempo. Porque nunca sabemos onde vamos, mas confiamos. 

Confiamos que tudo vai dar certo.


sábado, 31 de janeiro de 2009

Snow shoes

Hoje fui, pela primeira vez, andar de snow shoes. Foi no Mont-Royal, com o pessoal da Bombardier. Temperatura suave de -13, com vento. Mas o dia estava lindo e foi um passeio muito bonito. Valeu muito e já quero comprar snow shoes aqui pra casa.

Preparação para a trilha.

Eu e o Maurício.

Povo andando em fila, pra aproveitar a neve já mais esmagada...

Teve até pausa para um chocolate quente no meio da trilha.

Parece que eu estava animado? É que na verdade eu tava congelado...


Fim da trilha, no nosso QG.


Meme

Fui indicado pela Ila pra fazer o Meme abaixo. 

- colocar o link de quem te indicou para o meme-selo;
- escrever essas 5 regras antes de seu meme para deixar a brincadeira mais clara;
- contar seis fatos aleatórios sobre você (essa é a proposta da brincadeira);
- indicar seis blogueiros para continuar a brincadeira;
- avisar esses blogueiros que eles foram indicados.


Seis fatos aleatórios sobre mim:
1. Gosto de dormir coberto. Mesmo estando calor. Pé descoberto então, não durmo de jeito nenhum...
2. Geopolítica é uma paixão.
3. Gosto de ficar em casa. Gosto de sentar no tapete, ver TV ou ler um livro. Cozinhar algo, ou beber um vinho. Casa é MUITO bom.
4. Já tive uma coleção de cartões-postais. Daí talvez venha minha curiosidade de conhecer lugares. Por outro lado, o que me empurra para as viagens não é tanto a curiosidade pelo novo quanto o tédio pelo velho...
5. Gosto do frio! Gosto de inverno, de casaco, de luva, de neve. O verão é legal também, mas nada como um bom inverno. 
6. Não passo correntes, nem nada parecido. Fico sem graça. Portanto, acho que não vou indicar ninguém...

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Tá, faz tempo que não escrevo mesmo. Mas mamãe estava aqui, e tinha coisa mais legal pra fazer. Mãe é bom! Só ela mesmo pra cozinhar coisas que eu gosto e que dão o maior trabalho. Aliás, só ela pra visitar o filho neste frio. 

Infelizmente o jogo de hóquei de amanhã foi cancelado pois vai nevar uns 20cm. Fica pra semana que vem. Enquanto isso vou praticando patinação. Aliás esse final de semana levei meu patins pra afiar e dei umas voltinhas no lago do Parc Mont-Royal. To meio enferrujado, mas pretendo treinar todo final de semana. 


sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Sortidos

Você já sentiu frio no olho? Pois com -20C você vai sentir. Mas é claro que tem que levar na esportiva, sentindo a coriza (meleca mesmo!) congelar, ou observando a camada de gelo que se forma na janela POR DENTRO do carro. Tudo na santa paz do polo norte. 

Fui desafiado esses dias e respondi na lata: de carnaval, futebol e hóquei no gelo todo brasileiro entende um pouco. Pois vou mostrar a malemolencia e a ginga brasileira num amistoso de hóquei com o pessoal do trabalho. Bom pra estreiar minha camisa do Canadien. 

Ah, e o Impact, time de futebol daqui vai jogar agora em Fevereiro pela Concacaf, valendo vaga na semi-final. O jogo vai ser no Estádio Olímpico, coberto (óbvio). A TOI estará presente, empurrando nosso scratch tricolor rumo à Toquio.


E por último, voces se lembram de Mont-Tremblant, lugar onde fui com minha mãe e que coloquei umas fotos aqui? Hoje amanheceu -40C por lá...

(Parabéns à Mari pelo nascimento da Sofia!!!)

domingo, 11 de janeiro de 2009

Neve e Ottawa

Sexta-feira fomos eu e mamãe na frente do prédio tirar umas fotinhos da neve:

Esse é o prédio. Imponente por fora, decadente por dentro. 

Aqui mamãe atolou na neve... rs Eu fiz um filminho que ficou engraçado demais! Tudo pela fotografia.

Representante das nações aborígenes canadenses. Um legítimo esquimó.

Essa foto é para a Marina. A vovó queria mostrar um carro coberto de neve.

A mãe adorou este pinheiro.

Ontem fomos para Ottawa, visitar o Museu das Civilizações. Foi muito divertido e o museu é mesmo incrível. Enoooorme! 




Ah, o Daniel foi com a gente! De Ottawa não deu pra tirar foto pois com -15C não há santo que me convença a tirar a mão da luva pra operar a máquina.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Neva neve, neva sem parar...

Hoje está caindo uns 20 centímetros de neve aqui em Montreal. E quando neva assim, fica que nem o vídeo aí embaixo. Eu ainda acho engraçado, principalmente pelo medo que dá em quem nunca passou por isso...rs


segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

O profeta

Nos anos oitenta, Chico Anysio tinha um programa de humor muito bom. Era cheio de quadros politicamente incorretos, mas ainda não vivíamos a ditadura do comportamento atual. Podíamos rir de nossas misérias, numa atitude tão marcantemente brasileira. O programa terminava sempre com o quadro do profeta, que trazia uma mensagem bacana. Eu, criança, não gostava muito dessa parte, porque não tinha graça, porque significava que o programa ia acabar e que a hora de ir dormir tinha chegado. 


Comemoração

No meu aniversário fomos numa cervejaria aqui de Montreal com o Adilson, a Bia, a Giuliana e o Renato. Vejam as fotos: