sábado, 11 de outubro de 2008

Um pouco de auto-crítica.

Tenho pensado muito essas últimas semanas. Pensado naquilo que nos fez ser o que somos, naquilo que moldou nossa personalidade. Acho que, no meu caso, sempre quis fazer tudo. Sempre quis a liberdade, a possibilidade de escolher. E sempre quis ter tudo. Busquei sempre ser na vida o máximo que pude. Tentei aproveitar as portas que se entreabriram quando eu passei. Mas acho que o desafio agora é outro. As viagens abaixo, e muitas outras, silenciaram-me um pouco. Perdi a espontaneidade, premido pela necessidade de adaptar-me. Quis a auto-suficiência, como se a dependência fosse algum sinal de fraqueza. Para não perder o poder de escolher, me recusei a decidir. O medo de cometer erros, numa vida que passa rápido, me fizeram não arriscar. E arriscar é a própra essência da vida. Pelo menos da vida como eu acho que vale a pena ser vivida. Então chego a conclusão que é necessário recomeçar. Ter a humildade de fazer graça de si mesmo, de aprender lições que já julgava aprendidas. Existem viagens mais importantes do que aquelas feitas a bordo de aviões. São as mais difíceis e, talvez, as que mais valem a pena. 


Salvador

Japão

Cingapura

França

Panamá

Oklahoma - USA

 Índia

O bom é que eu nunca tive medo. Sempre que foi necessário fazer as malas, elas estavam prontas na porta. Agora novamente é a hora dos desafios. Mas agora as malas ficarão vazias: não é preciso ir à lugar algum.

Um comentário:

Graziela Esteves disse...

Ufa! Ainda bem que vc não fará as malas! Qdo eu comecei a ler o post achei que estava perdendo o meu cicerone em Montréal! Me esperaaaaaaaaa!!
Bjo.