Tenho pensado muito essas últimas semanas. Pensado naquilo que nos fez ser o que somos, naquilo que moldou nossa personalidade. Acho que, no meu caso, sempre quis fazer tudo. Sempre quis a liberdade, a possibilidade de escolher. E sempre quis ter tudo. Busquei sempre ser na vida o máximo que pude. Tentei aproveitar as portas que se entreabriram quando eu passei. Mas acho que o desafio agora é outro. As viagens abaixo, e muitas outras, silenciaram-me um pouco. Perdi a espontaneidade, premido pela necessidade de adaptar-me. Quis a auto-suficiência, como se a dependência fosse algum sinal de fraqueza. Para não perder o poder de escolher, me recusei a decidir. O medo de cometer erros, numa vida que passa rápido, me fizeram não arriscar. E arriscar é a própra essência da vida. Pelo menos da vida como eu acho que vale a pena ser vivida. Então chego a conclusão que é necessário recomeçar. Ter a humildade de fazer graça de si mesmo, de aprender lições que já julgava aprendidas. Existem viagens mais importantes do que aquelas feitas a bordo de aviões. São as mais difíceis e, talvez, as que mais valem a pena.
Salvador
Japão
Cingapura
França
Um comentário:
Ufa! Ainda bem que vc não fará as malas! Qdo eu comecei a ler o post achei que estava perdendo o meu cicerone em Montréal! Me esperaaaaaaaaa!!
Bjo.
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